[a criptográfica linguagem dos símbolos]
é agosto
é agosto
transfiguras o sossego peregrino
no pátio do desassossego
aprisionando deuses
em pedra ao sol
à sombra do mistério de tuas óbvias igrejas
em pedra ao sol
à sombra do mistério de tuas óbvias igrejas
a luz devasta o silêncio
seca o verde
pressente esquecimento
atrás do tempo que vem cedo
na fuga inexplicável de um dia de ocaso
o anoitecer encarcerado
no céu metálico de um dia agonizante
longe da verdade
é puro fogo
tudo são restos desolados
da mortalidade eterna
ignorando Cristo
que Roma não venera nesse dia extremo
Roma, agosto de 2003
da mortalidade eterna
ignorando Cristo
que Roma não venera nesse dia extremo
Roma, agosto de 2003
FERRAGOSTO
ruas e ruelas trilhas místicas
vigília em torno do nada
míticos brilhos em céu excessivamente claro
o sol aquece o espaço
sem mais vida
em apáticos sujeitos e horas vãs
nenhum ruído
incomunicado
o instante abafa a consciência estarrecida
vultos e sombras invisíveis
silêncio sideral
sentimento do nada
talvez a energia da morte
a vibração solar emana em pedras nuas
em pleno meio-dia no tempo elementar
o dia obscenamente quente crepita em fragmentos
no espaço aquecido por um sol de medo
versos perplexos
furtam meu juízo indecifrado
das razões irreveladas
a esfinge do universo estilhaça o espanto
no espelho inclemente sem sentido
zênite
no mau sentido de um dia vazio
Roma, Ferragosto de 2004.
o instante abafa a consciência estarrecida
vultos e sombras invisíveis
silêncio sideral
sentimento do nada
talvez a energia da morte
a vibração solar emana em pedras nuas
em pleno meio-dia no tempo elementar
o dia obscenamente quente crepita em fragmentos
no espaço aquecido por um sol de medo
versos perplexos
furtam meu juízo indecifrado
das razões irreveladas
a esfinge do universo estilhaça o espanto
no espelho inclemente sem sentido
zênite
no mau sentido de um dia vazio
Roma, Ferragosto de 2004.
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