domingo, 22 de junho de 2008

HORIZONTES

HORIZONTES



tempo humano sol tardio
dia que se amplia
fantasia

entre rocha e fissuras
vozes passadas
em seu retorno ao tronco
soam ecos de raízes nunca transplantadas

ouco-os claros e há vento
nenhuma solidão
teatro de onde estou
e vivo o ato

bambini gridano a eco:
Rolando Asunta Pietro Gertrude!
eccomi eccomi eccomi
eccoci tutti

il pomeriggio aspetta che il sole s’annidi
sulle veneziane chiuse
Pedivigliano diventa incandescente prima di dormire
i sogni ricchi della gente povera
[1]

mar incógnito distante e intocado
vem-me o passado transplantado
em noite que desliza luz
estrelas
da terra pobre que se afasta

mãos de mãe
em lar sensível de não ter
o horizonte ainda não visível

do outro lado o abstrato sentimento
aurora
a murmurar esperança
semeando

il guscio del futuro scatta
un soffio di vento
diventato un soffio al cuore
partono
[2]

o passado abandonado âncoras suspensas
e o destino em outro mundo.


Roma, agosto de 2004.


[1] Crianças gritam ao eco:/Rolando Assunta, Pedro, Gertrudes!/Eis-me aqui!/Eis-me aqui!/Eis-me aqui!/Eis-nos! Todos!/ A tarde espera que o sol se aninhe,/com os raios sobre as venezianas cerradas./Pedivigliano torna-se incandescente antes de dormir/os sonos ricos de sua gente pobre./
[2] A concha do futuro libera/um sopro de vento/tornado um sopro no coração./Partem./

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