Roma
tempo sobre tempo sobre tempo
não o instante que não conheces
mas a eternidade
tua história é o fluxo do tempo
que passou por ti na civilização pagã
no limbo da civilização cristã
teus manes convocados
aos olhos sábios
da morte permanente
testemunham a pequena morte de cada esquecimento
tomo-te Roma aqui mesmo
sublime a imaginar
sem tempo a perturbar o pensamento
o esplendor do espaço
mapas vivos
contra a dimensão fria do presente
petrificada adormecida elegante
geometricamente
Roma
és corpo sem ossos em teus braços distante
és ainda a cruz
na solidão dos homens
e o silêncio dos deuses
cruzamento de quatro direções
nos desvãos de teu pensamento
oscilam idéias de ser
sobre existir
o sonho no deserto
sopro
pontes entre eras
tua memória vive no porão do universo
Roma, inverno de 2005.
és corpo sem ossos em teus braços distante
és ainda a cruz
na solidão dos homens
e o silêncio dos deuses
cruzamento de quatro direções
nos desvãos de teu pensamento
oscilam idéias de ser
sobre existir
o sonho no deserto
sopro
pontes entre eras
tua memória vive no porão do universo
Roma, inverno de 2005.
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