ITÁLIA MINHA
Itália tu me és pátria sangue e raiz!
Quero-te como és vibrante e melancólica
porque vives
és minha alma como a coisa certa que restou
de todas as memórias que não tive
na mensagem de amor que me ficou.
Sei-te bela sob teus céus de nostalgia
vi-te jovem em todos os meninos
que subiram montes e desceram serras
na beleza de sentir para herdar dos Apeninos
o modelo de altivez que me ensinaram.
Amo-te como amei por toda vida
os que me precederam
a contar-me os segredos de teus campos
de verdes e amarelos prenunciando a foz
cujo sentido imortal é esse dom de musicar
o som do Pó e a luz do Tibre
por sobre o marejar que nos uniu
Sou eu que sobrevivo a todos para dizer-te
que jamais nos deixaste
e que meu caminho foi o caminho de teus pés
em terra tão bela amada grande e minha mas distante.
Vou-me e fico clandestino
a alma dividida entre tuas tarantelas
e o calor do amor no carnaval
na sentença imutável do destino.
Itália de meu pai tu és minha!
Roma, julho de 2006.
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