domingo, 22 de junho de 2008

SAUDADE GENÉTICA

SAUDADE

sombra que beija o tempo distante
no sonho que deu certo

talvez o amor valesse a busca
de futuro ignorado

talvez eu seja o filho ansioso
herdeiro do destino
abandonado no tempo sem feridas

talvez ausências reluzentes
na noite de meu dia
vivam a penumbra
do labirinto genético disperso

socialistas pobres anarquistas
irresponsavelmente
il rimembrar. Che fummo?

Gente di sudato sogno
[1]
a exportar colheita em terra prometida
dispersando eternidade


Roma, julho de 2004.


[1] Leopardi in ”Coro dei morti” – “o recordar. O que fomos?” Gente “de suado sonho ”

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