Roma ora com tristeza que não vi outrora
para velar o Papa que expira
Roma chora
um choro de amor
fé
a presenciar o desenlace
da morte que renasce
tão verdadeira como o ar suspira
vida
é espiritual o clima
na paisagem a multidão murmura
o céu ainda azul
da primavera em cores de glicínias
sobre a relva verde e úmida
ao sopro da porta que talvez seja divina
cânticos misturam incenso e mirra
no gemido de dor e alegria
a partida dói mas a ressureição é vera
além do portal
que aberto mostra
a vegetação de pradarias e montanhas brancas
serenidade
da quietação num silêncio indefinido
entre velas e sombras ondulantes
a espera é calma como a água
que repousa enquanto nasce o sol
Roma, 2 de abril de 2005.
domingo, 22 de junho de 2008
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